Raimundo José de Lima (Raimundo Piancó)



segunda-feira, 20 de setembro de 2010

ENTREVISTA COM JOÃO DE SOUSA LIMA - FILHO DE RAIMUNDO PIANCÓ

Lampião aceso: Prazer em conhecer: Lampião Aceso entrevista o pes...: "Como se dá a entrada de João no Cangaço? Um dia, lá entre 1985 ou 86 João conversava com professor e amigo Edson Barreto, que lecionava na ..."

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

NAS ROTAS DAS LEMBRANÇAS!


( João de Sousa Lima, filho de Raimundo Piancó, neto de Serafin Piancó, ladeado das duas filhas Letícia e Stéfany.)

Em postagens anteriores eu deixei registrado de que forma eu recebi a visita de João no meu "Raízes".
Hoje eu quero agradecer a ele um comentário que fez na postagem sobre "Os relógios de Serafin", cuja foto recebi por seu intermédio.



João disse:

Acessei hoje seus comentários, o fiz com certa precaução, pois já passei dos vinte anos e depois dessa idade as emoções afloram mais facilmente. Quando abrimos as mensagens vem a música que penetra a alma, rasga o baú das velhas recordações e depois vem as imagens, as velhas imagens de um passado ainda não tão distante. As imagens tolhem nossos corações, esquadrinham nossas mais longínquas lembranças, por fim alguém chega na sala onde me detenho ao computador, é minha filha mais nova , Letícia, que chega e me abraça, escondo dela, os olhos marejantes, me ajeito na cadeira e vou tomar um pouco de ar puro, na sombra da velha goiabeira, ainda com as imagens e as tuas palavras vagueando na mente, descubro o quão bom é sentir saudades, lembrar das coisas boas do passado.

Hoje eu vou te colocar em minhas orações, pedir a Deus para que ele te dê ainda muitos anos de vida e sabedoria, para que continues a colocar lenha no vapor do trem da vida, para que ele siga as estradas, as estradas que nos levam as rotas das lembranças, serei teu ajudante invisível, limparei os trilhos para que ele não descarrilhe, cortarei a lenha e a colocarei na estação e, quando um dia nos encontrarmos em alguma estação, tomarei de tuas mãos o lenço do aceno, do adeus, e com ele enxugarei algumas lágrimas que teimam em sair dos meus olhos, da face de um homem que demora a chorar, mais chora.

Estarei em alguma estação e lá arrumarei os trilhos, cortarei a lenha que faz girar as rodas de ferro, procurarei o lenço do aceno, enxugarei as lágrimas, farei uma oração pra guardar você, serei o ajudante invisível, nesse teu fantástico trem da vida. Que a vida lhe conceda muito tempo, nos braços do pai eterno, assim seja.
Ao ler as tuas palavras a emoção tomou conta de mim. Igualmente as lágrimas que teimaram em sair dos teus olhos, dos meus rolaram face abaixo, umas tinham sabor amargo pela  saudade dos que não estão mais aqui para comemorar a nossa amizade, outras tantas pulavam de alegria e orgulho pelo primo "escritor e poeta".

Lindo comentário, João! Jamais poderia ficar escondido como uma simples nota de rodapé, o que escreves tem melodia, revela a alma poética que Deus te deu.

Parabéns, meu primo, e muito obrigada. O que escreveste para mim teve eco nos céus,  os nossos entes queridos de lá comemoraram essa amizade que ora surge entre nós. São os laços das raízes que haja o que houver, passe o tempo que passar, nós continuaremos a ser uma grande família, sustentada pelo legado que nos deixaram os nossos antepassados: Amor e fé.

A nossa amizade será eternizada, porque nasceu enroscada nas raízes que nos tranformaram em árvores que, graças a Deus, continuam a dar bons frutos e belas flores, a exemplo destas duas rosas que te abraçam nesta foto, tuas filhas: Letícia e Stéfany.

domingo, 31 de janeiro de 2010

NOVOS PASSAGEIROS A BORDO!


Otília e Nequinho (filho de Tio Raimundo), com seus lindos filhos, em um momento onde a foto fala por si só. Um trem repleto de vidas, de pessoas que trazem consigo a responsabilidade de prosseguir viagem. 

Em várias estações já se despediram dos primeiros passageiros, mas com a consciência de que a vida é assim: "Cheia de embarque e desembarques, onde amores se vão, mas outros chegam para alegrar nossa viagem". 

Esses meninos  bisnetos de Serafin, são os mais novos primos que descobriram o meu "vagão" e neste instante eu deixo para os meus netos, com muita alegria, esta postagem na esperança de que se tornem amigos e como nova geração saibam das suas origens.

domingo, 24 de janeiro de 2010

ROSÁLIA E FILHOS



Esta é a família que Raimundo Piancó deixou. O primeiro do lado esquerdo é Zezé, um primo presente na minha vida de criança e adolescente nos tempos em que eu estudei em São José do Egito.

João, o segundo depois de Zezé, ainda criança foi residir em Paulo Afonso em companhia dos pais. Nequinho, este que está abraçado a sua mãe Rosália e ao irmão João, a exemplo de Zezé, também foi um primo muito carinhoso conosco. Desde que fiz o "Raízes" que temos mantido diálogo, tocando as nossas saudades neste TREM DA VIDA.

Rosália e Beta é que há muitos anos não nos vemos, mas sempre tiveram um lugar no meu coração, um dia teremos a felicidade do reencontro, se Deus quiser. Deixo aqui registrada a saudade dos velhos tempos em que a presença de vocês na nossa casa era uma satisfação para todos nós.

Obrigada, meu primo, Nequinho, pela atenção que me tem dispensado e pelas fotos enviadas.

sábado, 23 de janeiro de 2010

RAÍZES: RECORDE O PASSADO PARA MERECER O FUTURO!

RAÍZES: RECORDE O PASSADO PARA MERECER O FUTURO!

Clique no link acima e leia no "Raízes" o poema de autoria de Antônio Piancó Sobrinho, meu saudoso pai,  "A Casa Grande" , casa de Serafin Piancó (seu avô) construída na Fazenda Maniçobas.

SAUDADES DA CASA GRANDE !




Meu primo, João, peço-lhe licença para postar o poema de sua autoria em homenagem a "Casa Grande", a casa de Serafin Piancó, (seu avô) a qual considero como sendo a estação primeira de onde o meu TREM DA VIDA deu a largada.

Saudades da Casa Grande

(para meu pai Raimundo José de Lima, em referência a última visita que fizemos ao sótão da casa onde ele foi nascido e criado)

Casa grande que saudade
Eu sinto dos velhos tempos
Quando das tuas varandas
Ouvia o clamor dos ventos
Sinto a saudade cravada
Pelas unhas dos pensamentos

Só saudades é o que resta
De um passado vivido
Ainda brilha no pensamento
Aquele velho tempo querido
Onde os mais belos momentos
No teu chão foi percorrido

(Pinçado do livro "No Silêncio do Ocaso" de João de Sousa Lima)

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

O FILHO ESCRITOR!

Tendo encontrado um comentário, assinado por João de Sousa Lima, sobre a postagem que fiz para Tio Raimundo no Blog "Os Filhos de Serafin e Maria Joaquina", procurei entrar em contato e recebi a seguinte resposta:
oi amiga, é verdade o que está lá, eu sou o caçula, Zezé é o mais velho, depois vem Manoel José de Lima e Bernadete Lima Santos. Outros filhos morreram ou foram natimortos.
Resido em Paulo Afonso, Bahia.
Sou escritor do tema cangaço e trabalho como diretor de cultura do municipio, acesse no google, em imagens, o nome : escritor joão de sousa lima
Desejo-te saúde e paz e que no futuro possa te conhecer pessoalmente, o que muito me honraria, por ser você uma pessoa iluminada, que ama sua história e seu povo e que valoriza suas raízes culturais,
Um abraço,
João.
E aí está o resultado das minhas buscas no Google, para confirmar o que me dizia o primo João naquele feliz comentário.



Hoje, dia 23 de janeiro, recebi este livro de poesias do nosso primo, João de Sousa Lima com a seguinte dedicatória:
Lusa,  a poesia é a luz da alma. Um abraço do autor: João de Sousa Lima.
 Muito obrigada, João, igualmente a muitos da família você traz como herança as rimas que o ajudam a expressar os seus sentimentos.

CLIQUE NA IMAGEM PARA LER A BIOGRAFIA DE JOÃO DE SOUSA LIMA!

A BETA DE TIO RAIMUNDO!


Em 1958, eu estava com 9 anos de idade. Eu não esqueci da única menina de Tio Raimundo. Ela tem o mesmo nome da minha irmã mais velha, Bernadete. Nós temos na família muitas Bernadetes: Bernadete de Tito, Bernadete de Raimundo e Bernadete de Toinho, o meu pai.

A figura de Tio Raimundo, segurando pela mão a sua menina, nunca se apagou da minha memória, jamais saiu do meu coração! A Maniçobas era para nós, as únicas citadinas da família, naquela época, um oásis onde o nosso pai nos levava para aprender, desde cedo, a importância do amor à família. Não importa o tempo que passou; não importa se nunca mais nos vimos; o sangue continua correndo nas veias e quando chega ao coração ele se encarrega de avivar nossa memória.

Obrigada, João, por você ter me enviado essa relíquia que faz parte da minha infância!

SAUDADES ...

Tio Raimundo e Rosália, sua esposa, segurando o neto Osvalny Lima.

A VIDA JUNTA O QUE O TEMPO SEPAROU!

Eu havia aberto uma página para os filhos de Serafin Piancó. A página aberta é uma extensão do meu Blog Raízes. O Raízes é um espaço onde tento passar para os meus netos as origens da minha família. Ao discorrer sobre Tio Raimundo, um dos seus filhos, eu dizia que que ele havia tido 03 filhos: Zezé, Nequinho e Bernadete. Certo dia ao acessar o meu e-mail encontrei um comentário feito por João de Sousa Lima:
"Ele se chamava Raimundo José de Lima e teve com Rosália de Sousa Lima, muitos filhos, restando quatro ainda vivos: José de Sousa Lima (Zezé), Manuel José de Lima, Maria Bernadete Lima Santos e João de Sousa Lima."

Eu fiquei emocionada. Encontrar mais um primo na grande rede, tal qual acontecera com Franciene, minha prima paulista, que também encontrou a página de seu avô, Tito, foi um momento de muita felicidade.

Comecei solitariamente a juntar pedaços da nossa história, hoje, sei que posso contar com membros da família que estão espalhados por esse Brasil afora; sei que manterão vigília permanente, corrigindo-me ou informando-me de fatos dos quais não tive conhecimento.

Muito obrigada, João, que Deus ilumine a todos os nossos parentes a encontrarem o nosso Raízes. Nossos filhos, nossos netos e nossa posteridade saberão que a vida é constituída de momentos gloriosos e momentos de infortúnio, mas o importante são as pessoas que, ao lidarem com essas situações , souberam vencer.

Cada época aqui focalizada, cada lembrança dos nossos antepassados, não importa se foi áurea ou decadente, faz parte da nossa viagem neste TREM DA VIDA . O importante é juntar vidas que o tempo separou, é passear no "trem" e visitar cada vagão, reencontrando todos os que ainda estão nesta viagem maravilhosa: A VIDA.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O VELHO ENGENHO DE SERAFIN PIANCÓ!


Quando meu pai, Antônio Piancó, restaurou o Engenho Maniçobas quis conservar a memória dos que iniciaram, dentro daquelas serras, a construção de uma família cujo lema seria o trabalho honrado, nos deixando um legado que ainda hoje nos orgulha. Na foto, os tios: Raimundo e Miguel Piancó exibem, orgulhosamente, o velho motor que fez parte das suas vidas nos tempos em que o Patriarca Serafin Piancó, o pai deles e meu bisavô, era o Senhor daquelas terras.

19 - Flavio Jose - Engenho Velho

FELIZ COINCIDÊNCIA!



Recebi esta foto que me foi enviada pelo primo João, o filho de Tio Raimundo que reside em Paulo Afonso. Ele chamava a minha atenção para a dedicatória escrita no verso. Algo me dizia que eu já a conhecia, no entanto, ao voltar aos "guardados de tio Benzinho" eu encontrei a explicação para esta certeza de que já havia tido contato com essa foto e essa dedicatória.




A foto do meu bisavô, Serafin Piancó, o pai de Tio Raimundo, tem a mesma dedicatória e reconhecidamente a mesma letra. Certamente foi presente de Tio Raimundo para Tio Benzinho e ele o guardou, por anos a fio, com muito a amor.

Dedico esta postagem aos filhos de Tio Raimundo Piancó, netos de Serafin (meu bisavô), em agradecimento ao carinho do meu tio Raimundo por nos oportunizar tão importante resgate da memória das nossas origens.

SAUDOSA LEMBRANÇA!



Raimundo Piancó, em uma foto
tirada em 1970, em Paulo Afonso, no Bairro Mulungú.