Raimundo José de Lima (Raimundo Piancó)



quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

NAS ROTAS DAS LEMBRANÇAS!


( João de Sousa Lima, filho de Raimundo Piancó, neto de Serafin Piancó, ladeado das duas filhas Letícia e Stéfany.)

Em postagens anteriores eu deixei registrado de que forma eu recebi a visita de João no meu "Raízes".
Hoje eu quero agradecer a ele um comentário que fez na postagem sobre "Os relógios de Serafin", cuja foto recebi por seu intermédio.



João disse:

Acessei hoje seus comentários, o fiz com certa precaução, pois já passei dos vinte anos e depois dessa idade as emoções afloram mais facilmente. Quando abrimos as mensagens vem a música que penetra a alma, rasga o baú das velhas recordações e depois vem as imagens, as velhas imagens de um passado ainda não tão distante. As imagens tolhem nossos corações, esquadrinham nossas mais longínquas lembranças, por fim alguém chega na sala onde me detenho ao computador, é minha filha mais nova , Letícia, que chega e me abraça, escondo dela, os olhos marejantes, me ajeito na cadeira e vou tomar um pouco de ar puro, na sombra da velha goiabeira, ainda com as imagens e as tuas palavras vagueando na mente, descubro o quão bom é sentir saudades, lembrar das coisas boas do passado.

Hoje eu vou te colocar em minhas orações, pedir a Deus para que ele te dê ainda muitos anos de vida e sabedoria, para que continues a colocar lenha no vapor do trem da vida, para que ele siga as estradas, as estradas que nos levam as rotas das lembranças, serei teu ajudante invisível, limparei os trilhos para que ele não descarrilhe, cortarei a lenha e a colocarei na estação e, quando um dia nos encontrarmos em alguma estação, tomarei de tuas mãos o lenço do aceno, do adeus, e com ele enxugarei algumas lágrimas que teimam em sair dos meus olhos, da face de um homem que demora a chorar, mais chora.

Estarei em alguma estação e lá arrumarei os trilhos, cortarei a lenha que faz girar as rodas de ferro, procurarei o lenço do aceno, enxugarei as lágrimas, farei uma oração pra guardar você, serei o ajudante invisível, nesse teu fantástico trem da vida. Que a vida lhe conceda muito tempo, nos braços do pai eterno, assim seja.
Ao ler as tuas palavras a emoção tomou conta de mim. Igualmente as lágrimas que teimaram em sair dos teus olhos, dos meus rolaram face abaixo, umas tinham sabor amargo pela  saudade dos que não estão mais aqui para comemorar a nossa amizade, outras tantas pulavam de alegria e orgulho pelo primo "escritor e poeta".

Lindo comentário, João! Jamais poderia ficar escondido como uma simples nota de rodapé, o que escreves tem melodia, revela a alma poética que Deus te deu.

Parabéns, meu primo, e muito obrigada. O que escreveste para mim teve eco nos céus,  os nossos entes queridos de lá comemoraram essa amizade que ora surge entre nós. São os laços das raízes que haja o que houver, passe o tempo que passar, nós continuaremos a ser uma grande família, sustentada pelo legado que nos deixaram os nossos antepassados: Amor e fé.

A nossa amizade será eternizada, porque nasceu enroscada nas raízes que nos tranformaram em árvores que, graças a Deus, continuam a dar bons frutos e belas flores, a exemplo destas duas rosas que te abraçam nesta foto, tuas filhas: Letícia e Stéfany.

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