Raimundo José de Lima (Raimundo Piancó)



quinta-feira, 9 de agosto de 2018



DEPOIS DE UM TEMPO EM SILÊNCIO VIM FALAR DE MEU AMOR MULEQUIM...

"Talvez seja eu o mais duro de coração da família ou talvez, a palavra correta seja o mais rebelde.
Pode ser que por já ter atravessado muitas barreiras amargas na vida e que as guardo no silêncio da alma, diante das circunstâncias eu me tranco no silencioso armário dos sentimentos.
Já perdi pai e mãe e achava que essa relação natural da perca fosse algo que eu pudesse aceitar com mais naturalidade, porém, assumo, não estou preparado pra perder os entes queridos, as pessoas que amo.
Confesso que sempre fui muito arredio em tudo que era referente a família mais aprendendo com os exemplos do dia a dia, observando tantas outras pessoas, há algum tempo venho valorizando cada dia mais o aconchego e o calor dos seres de minha ascendência. Prefiro a reunião e as conversas, muitas delas bobas, porém não tão menos importantes, que permanecer nas baladas, noitadas e curtições. Já não valorizo tanto o efêmero que a vida nos oferece.
E agora...... Tão acostumado às reuniões festivas, regadas às conversas infindas e brincadeiras permanentes, eis que parte o meu Mulequim....   ...deixando-nos órfãos de uma presença que eu não podia medir nunca a dimensão da importância para meu coração de homem rude. Há dias busco palavras para definir a situação e o momento e não encontro capacidade de entender tamanha perda. Agora me vem na memória, como flashes de um filme da vida, as cenas que vivemos, os momentos que passamos juntos e, me doe muito mais, saber que poderíamos ter vividos muitos fatos além dos contabilizados nessa trajetória. Quanto tempo perdemos com momentos fúteis e insignificantes.
Conforta-me tentar deixar gravada tua voz no imaginário de minha essência de menino-homem rebelado. Dignifica-me muito deixar permanente tua marca impregnada em minha mais densa essência.
Me pego as vezes lembrando, quando ainda pequeno, menino arredio, de calça curta, subindo e descendo as ruas, jogos nas calçadas, bolsos lotados de bolas de gude e pinhão, seus gritos ecoavam me chamando à realidade do tempo que já escurecia. As primeiras caminhadas me levando nas escolas e suas mãos levando o peso da lancheira e dos livros, os presentes que marcaram essa infância tão relembrada e, no aconchego do teu abraço, noite alta, ouvir sua acalentosa voz: SE UMA BOA AMIZADE VOCÊ TEM, LOUVE A DEUS POIS AMIZADE É UM BEM....
Minha nossa quão feliz em fui em teus braços meu Mulequim, pena que a vida só agora me deu esse entendimento e não tenho vergonha nenhuma em declarar quão tolo fui eu em não ficar mais tempo ao seu lado, talvez, mesmo, pelas circunstancias das lutas diárias, onde buscamos nossos espaços e nossos caminhos para uma sobrevivência digna perante a sociedade. Sempre corri muito, trafeguei e percorro ainda muitos caminhos divulgando minha arte e meus trabalhos e isso nos consome muito tempo.
Há dias durmo muito mal, meu travesseiro é meu acalentador, reserva de minhas emoções, depósito de minhas lágrimas saudosas. Só resta-me pedir a Deus que você encontre um bom lugar e que meça seus feitos aqui na terra tomando por base o seu amor devotado aos que te cercaram, ou, ainda, que te julgue pelo sorriso eterno estampado na face, pela bondade no coração e na beleza de sua simplicidade.
Eu fico aqui com saudades eternas tua, salientando que não estava preparado pra te perder. Te ver partir assim, sem aquele cheiro na cabeça é algo que nos tolhe ao mais profundo sentimento de quão frágeis somos, de quão imprevisível é a morte e quão insignificantes parecemos diante das solicitudes da natureza.
Eu te desejo a paz, eu te desejo um bom lugar, eu te desejo a felicidade de quem encontrou um caminho de luz....
...e apesar de minha dor, entre as lágrimas de saudades, às vezes me pego sorrindo, lembrando suas coisas de homem que não parecia ter crescido, ou em outra palavra, não parecia ter envelhecido, esse Mulequim que trazia como marca o sorriso estampado no rosto e a felicidade de ficar próximo dos seres queridos de caminhada na terra...
Eu te prometo que sararei meu coração dolorido e conforta-me saber que se houver um encontro ai onde você está, ainda seremos IRMÃOS.....
Para sempre te amarei e recordarei sempre com saudades de tua passagem ao meu lado.
Teu Joãozinho “DÃO”.....
Em noite mal dormida do dia 09 de agosto de 2018, Paulo Afonso, Bahia."
João de Sousa Lima

quarta-feira, 25 de julho de 2012

João de Sousa Lima: Luiz Gonzaga: Centenário do Rei do Baião em novo l...

João de Sousa Lima: Luiz Gonzaga: Centenário do Rei do Baião em novo l...: Dia 27 de Julho de 2012, no Lindinalva Cabral,  lançamento do mais novo livro do escritor João de Sousa Lima. O livro é uma homenagem ao c...

sábado, 17 de dezembro de 2011

ELA ME FAZ TANTA FALTA ...

Rosália (in memoriam) ao lado direito do seu filho João de Sousa Lima
(nos seus oitenta anos)

No dia 02 de março de 2010 eu estava em São Paulo e recebi o seguinte e-mail:

Caríssima amiga-prima,
"As 3:20 da manhã, do dia 02 de março de 2010, faleceu minha mãe Rosália, de insuficiência respiratória.
O corpo foi sepultado as 18:00 hs.
Hoje é um dia muito triste, preciso descansar, outro dia te conto mais detalhes.
Um abraço,
João"
Ao que lhe respondi:

Meu primo,

Receba nossos pêsames, sei que essa é um hora muito difícil, pois já passei por este momento tão sofrido. Saiba que guardarei no meu coração, saudade da imagem da Rosália de Tio Raimundo, a doce tia afim, com quem tanto convivemos na infância e adolescência.
Que pena! Pensei em poder revê-la, quando fosse a Paulo Afonso conhecer você e abraçar o primo Neco de quem guardo tantas recordações. Deus não quis, levou-a para si antes que eu pudesse revê-la. Que descanse em paz e receba a graça da salvação, pela esposa e mãe dedicada que foi.
Para todos os primos: Você, Beta, Nequinho e Zezé, extensivo a todos os familiares, o meu abraço solidário, nesta hora de pesar e dor.

PS:

Estou em São Paulo, fazendo uns exames da minha neta, Mariana, por solicitação do pediatra dela. Entrei no meu gmail para dar notícias à família sobre o andamento desses exames, aí me deparei com sua notícia. Sinto muito. Fica com Deus.

Um abraço, Lusa

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Hoje, ao acessar o blog do meu primo João de Sousa Lima, deparo-me com uma crônica emocionante, onde ele transforma sua saudade em palavras,  para aliviar a falta que sente da sua estimada mãe, e dá-lhe o seguinte Título, no qual você poderá clicar e conferir:


João e Rosália, em uma Noite de Natal!

Hoje amanheci com uma profunda saudade, saudade da ausência de uma pessoa que amei muito na terra, ela era minha adorável mãe, um anjo real que se fez presente em momentos especiais de minha vida. Lembro que na aproximação do natal a família sempre se reunia para as comemorações, todos em volta daquela sábia matriarca. Era uma festa a reunião com filhos, netos, irmãos, sobrinhos e amigos.

Hoje, sem tê-la mais no nosso convívio diário, me perdi nas recordações dos belos momentos que passamos e relembrei um poema de um grande poeta brasileiro quando ele diz que mãe não devia morrer nunca e confesso estava o poeta coberto de razão, elas deviam ser eternas.

Dia 20 próximo completo mais um ano de vida e dia 24, véspera de natal um dos meus irmãos também aniversariará, comemoraremos todos juntos essas datas, cearemos, nos perderemos nos sorrisos do momento, nos fartaremos da magia dos coloridos das luzes da árvore de natal, relembraremos o Cristo crucificado, oraremos e com certeza deixarei minhas lágrimas rolarem quando vier a lembrança daquela que tanta falta me faz: Minha mãe Rosália, minha Rosa, a flor que deixa meu coração pulsando de nostalgias toda vez que essa saudade eterna brinca de bater sua porta. Conforta-me saber que deves está em algum lugar, sorriso bonito, florindo um jardim divino, divinamente como são as mães que amam seus filhos. Nessas noites festivas se as lágrimas banharem minha face pode ficar sossegada, elas serão apenas de saudades e de doces lembranças tua, fica na paz minha Santa, elas serão lágrimas boas, das bondades que me ensinasse a disseminar pela vida, Jesus te abençoe, sempre. Nas escritas rascunhadas dos amores eternos da alma tu és a página mais valorosa do meu diário de lembranças.

Seu filho
João de Sousa Lima
(João de Sousa Lima é escritor, poeta, historiador, pesquisador da História do Cangaço, filho do meu Tio Avô, Raimundo Piancó)


Comemorando o aniversário da netinha, filha de João



Rodeada pelos netos


No carinho do seu sorriso

Nas visistas aos familiares distantes


No aconchego do teu doce abraço


No lançamento dos meus livros



Nas comemorações em família

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A JUVENTUDE DO MEU TIO AVÔ

Raimundo Piancó


A JUVENTUDE DO PRIMO NEQUINHO


Filho de Raimundo Piancó

UMA FOTO PARA A POSTERIDADE

 Raimundo Piancó, Miguel Piancó, Heli Piancó, Lozinha Piancó,
Dolores Piancó, Rita Piancó, Antônio Piancó Sobrinho (in memoriam).
Saudades!


segunda-feira, 12 de setembro de 2011

João de Sousa Lima: Meu Anjo Na Terra

João de Sousa Lima: Meu Anjo Na Terra: ELA CUROU MINHAS FERIDAS DA ALMA. Agora acredito existirem anjos, eles povoam nosso mundo real, imaginei sempre anjos alados, com aur...

SERAFIM PIANCÓ - O PATRIARCA DA FAMÍLIA

Filhos de Serafim:
Raimundo, Miguel, Antônio, João, Josefa, Santana e Bembem (?)

domingo, 11 de setembro de 2011

Cariri Cangaço: Conheça um pouco mais do Conselho Consultivo Carir...

Cariri Cangaço: Conheça um pouco mais do Conselho Consultivo Carir...: Com vocês, mais personalidades que formarão o Conselho Consultivo Cariri Cangaço, com posse dentro da Programação 2011 ! Pedro Luis - CRAT...

domingo, 4 de setembro de 2011

João de Sousa Lima: AO MEU PAI RAIMUNDO PIANCÓ

João de Sousa Lima: AO MEU PAI RAIMUNDO PIANCÓ: AO MEU PAI RAIMUNDO PIANCÓ Sempre vi meu pai como um homem grande, forte, imbatível. Na minha infância não me lembro de tê-lo visto ch...

terça-feira, 17 de maio de 2011

Blog do Mendes e Mendes: Meus olhos viram novamente tanta beleza...

Blog do Mendes e Mendes: Meus olhos viram novamente tanta beleza...: " Por: João de Sousa Lima . Um dia, em um passado ainda próximo, falei de momentos tão belos que meus olhos viram. Desejei ve..."

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

ENTREVISTA COM JOÃO DE SOUSA LIMA - FILHO DE RAIMUNDO PIANCÓ

Lampião aceso: Prazer em conhecer: Lampião Aceso entrevista o pes...: "Como se dá a entrada de João no Cangaço? Um dia, lá entre 1985 ou 86 João conversava com professor e amigo Edson Barreto, que lecionava na ..."

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

NAS ROTAS DAS LEMBRANÇAS!


( João de Sousa Lima, filho de Raimundo Piancó, neto de Serafin Piancó, ladeado das duas filhas Letícia e Stéfany.)

Em postagens anteriores eu deixei registrado de que forma eu recebi a visita de João no meu "Raízes".
Hoje eu quero agradecer a ele um comentário que fez na postagem sobre "Os relógios de Serafin", cuja foto recebi por seu intermédio.



João disse:

Acessei hoje seus comentários, o fiz com certa precaução, pois já passei dos vinte anos e depois dessa idade as emoções afloram mais facilmente. Quando abrimos as mensagens vem a música que penetra a alma, rasga o baú das velhas recordações e depois vem as imagens, as velhas imagens de um passado ainda não tão distante. As imagens tolhem nossos corações, esquadrinham nossas mais longínquas lembranças, por fim alguém chega na sala onde me detenho ao computador, é minha filha mais nova , Letícia, que chega e me abraça, escondo dela, os olhos marejantes, me ajeito na cadeira e vou tomar um pouco de ar puro, na sombra da velha goiabeira, ainda com as imagens e as tuas palavras vagueando na mente, descubro o quão bom é sentir saudades, lembrar das coisas boas do passado.

Hoje eu vou te colocar em minhas orações, pedir a Deus para que ele te dê ainda muitos anos de vida e sabedoria, para que continues a colocar lenha no vapor do trem da vida, para que ele siga as estradas, as estradas que nos levam as rotas das lembranças, serei teu ajudante invisível, limparei os trilhos para que ele não descarrilhe, cortarei a lenha e a colocarei na estação e, quando um dia nos encontrarmos em alguma estação, tomarei de tuas mãos o lenço do aceno, do adeus, e com ele enxugarei algumas lágrimas que teimam em sair dos meus olhos, da face de um homem que demora a chorar, mais chora.

Estarei em alguma estação e lá arrumarei os trilhos, cortarei a lenha que faz girar as rodas de ferro, procurarei o lenço do aceno, enxugarei as lágrimas, farei uma oração pra guardar você, serei o ajudante invisível, nesse teu fantástico trem da vida. Que a vida lhe conceda muito tempo, nos braços do pai eterno, assim seja.
Ao ler as tuas palavras a emoção tomou conta de mim. Igualmente as lágrimas que teimaram em sair dos teus olhos, dos meus rolaram face abaixo, umas tinham sabor amargo pela  saudade dos que não estão mais aqui para comemorar a nossa amizade, outras tantas pulavam de alegria e orgulho pelo primo "escritor e poeta".

Lindo comentário, João! Jamais poderia ficar escondido como uma simples nota de rodapé, o que escreves tem melodia, revela a alma poética que Deus te deu.

Parabéns, meu primo, e muito obrigada. O que escreveste para mim teve eco nos céus,  os nossos entes queridos de lá comemoraram essa amizade que ora surge entre nós. São os laços das raízes que haja o que houver, passe o tempo que passar, nós continuaremos a ser uma grande família, sustentada pelo legado que nos deixaram os nossos antepassados: Amor e fé.

A nossa amizade será eternizada, porque nasceu enroscada nas raízes que nos tranformaram em árvores que, graças a Deus, continuam a dar bons frutos e belas flores, a exemplo destas duas rosas que te abraçam nesta foto, tuas filhas: Letícia e Stéfany.

domingo, 31 de janeiro de 2010

NOVOS PASSAGEIROS A BORDO!


Otília e Nequinho (filho de Tio Raimundo), com seus lindos filhos, em um momento onde a foto fala por si só. Um trem repleto de vidas, de pessoas que trazem consigo a responsabilidade de prosseguir viagem. 

Em várias estações já se despediram dos primeiros passageiros, mas com a consciência de que a vida é assim: "Cheia de embarque e desembarques, onde amores se vão, mas outros chegam para alegrar nossa viagem". 

Esses meninos  bisnetos de Serafin, são os mais novos primos que descobriram o meu "vagão" e neste instante eu deixo para os meus netos, com muita alegria, esta postagem na esperança de que se tornem amigos e como nova geração saibam das suas origens.

domingo, 24 de janeiro de 2010

ROSÁLIA E FILHOS



Esta é a família que Raimundo Piancó deixou. O primeiro do lado esquerdo é Zezé, um primo presente na minha vida de criança e adolescente nos tempos em que eu estudei em São José do Egito.

João, o segundo depois de Zezé, ainda criança foi residir em Paulo Afonso em companhia dos pais. Nequinho, este que está abraçado a sua mãe Rosália e ao irmão João, a exemplo de Zezé, também foi um primo muito carinhoso conosco. Desde que fiz o "Raízes" que temos mantido diálogo, tocando as nossas saudades neste TREM DA VIDA.

Rosália e Beta é que há muitos anos não nos vemos, mas sempre tiveram um lugar no meu coração, um dia teremos a felicidade do reencontro, se Deus quiser. Deixo aqui registrada a saudade dos velhos tempos em que a presença de vocês na nossa casa era uma satisfação para todos nós.

Obrigada, meu primo, Nequinho, pela atenção que me tem dispensado e pelas fotos enviadas.

sábado, 23 de janeiro de 2010

RAÍZES: RECORDE O PASSADO PARA MERECER O FUTURO!

RAÍZES: RECORDE O PASSADO PARA MERECER O FUTURO!

Clique no link acima e leia no "Raízes" o poema de autoria de Antônio Piancó Sobrinho, meu saudoso pai,  "A Casa Grande" , casa de Serafin Piancó (seu avô) construída na Fazenda Maniçobas.

SAUDADES DA CASA GRANDE !




Meu primo, João, peço-lhe licença para postar o poema de sua autoria em homenagem a "Casa Grande", a casa de Serafin Piancó, (seu avô) a qual considero como sendo a estação primeira de onde o meu TREM DA VIDA deu a largada.

Saudades da Casa Grande

(para meu pai Raimundo José de Lima, em referência a última visita que fizemos ao sótão da casa onde ele foi nascido e criado)

Casa grande que saudade
Eu sinto dos velhos tempos
Quando das tuas varandas
Ouvia o clamor dos ventos
Sinto a saudade cravada
Pelas unhas dos pensamentos

Só saudades é o que resta
De um passado vivido
Ainda brilha no pensamento
Aquele velho tempo querido
Onde os mais belos momentos
No teu chão foi percorrido

(Pinçado do livro "No Silêncio do Ocaso" de João de Sousa Lima)

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

O FILHO ESCRITOR!

Tendo encontrado um comentário, assinado por João de Sousa Lima, sobre a postagem que fiz para Tio Raimundo no Blog "Os Filhos de Serafin e Maria Joaquina", procurei entrar em contato e recebi a seguinte resposta:
oi amiga, é verdade o que está lá, eu sou o caçula, Zezé é o mais velho, depois vem Manoel José de Lima e Bernadete Lima Santos. Outros filhos morreram ou foram natimortos.
Resido em Paulo Afonso, Bahia.
Sou escritor do tema cangaço e trabalho como diretor de cultura do municipio, acesse no google, em imagens, o nome : escritor joão de sousa lima
Desejo-te saúde e paz e que no futuro possa te conhecer pessoalmente, o que muito me honraria, por ser você uma pessoa iluminada, que ama sua história e seu povo e que valoriza suas raízes culturais,
Um abraço,
João.
E aí está o resultado das minhas buscas no Google, para confirmar o que me dizia o primo João naquele feliz comentário.



Hoje, dia 23 de janeiro, recebi este livro de poesias do nosso primo, João de Sousa Lima com a seguinte dedicatória:
Lusa,  a poesia é a luz da alma. Um abraço do autor: João de Sousa Lima.
 Muito obrigada, João, igualmente a muitos da família você traz como herança as rimas que o ajudam a expressar os seus sentimentos.

CLIQUE NA IMAGEM PARA LER A BIOGRAFIA DE JOÃO DE SOUSA LIMA!

A BETA DE TIO RAIMUNDO!


Em 1958, eu estava com 9 anos de idade. Eu não esqueci da única menina de Tio Raimundo. Ela tem o mesmo nome da minha irmã mais velha, Bernadete. Nós temos na família muitas Bernadetes: Bernadete de Tito, Bernadete de Raimundo e Bernadete de Toinho, o meu pai.

A figura de Tio Raimundo, segurando pela mão a sua menina, nunca se apagou da minha memória, jamais saiu do meu coração! A Maniçobas era para nós, as únicas citadinas da família, naquela época, um oásis onde o nosso pai nos levava para aprender, desde cedo, a importância do amor à família. Não importa o tempo que passou; não importa se nunca mais nos vimos; o sangue continua correndo nas veias e quando chega ao coração ele se encarrega de avivar nossa memória.

Obrigada, João, por você ter me enviado essa relíquia que faz parte da minha infância!

SAUDADES ...

Tio Raimundo e Rosália, sua esposa, segurando o neto Osvalny Lima.

A VIDA JUNTA O QUE O TEMPO SEPAROU!

Eu havia aberto uma página para os filhos de Serafin Piancó. A página aberta é uma extensão do meu Blog Raízes. O Raízes é um espaço onde tento passar para os meus netos as origens da minha família. Ao discorrer sobre Tio Raimundo, um dos seus filhos, eu dizia que que ele havia tido 03 filhos: Zezé, Nequinho e Bernadete. Certo dia ao acessar o meu e-mail encontrei um comentário feito por João de Sousa Lima:
"Ele se chamava Raimundo José de Lima e teve com Rosália de Sousa Lima, muitos filhos, restando quatro ainda vivos: José de Sousa Lima (Zezé), Manuel José de Lima, Maria Bernadete Lima Santos e João de Sousa Lima."

Eu fiquei emocionada. Encontrar mais um primo na grande rede, tal qual acontecera com Franciene, minha prima paulista, que também encontrou a página de seu avô, Tito, foi um momento de muita felicidade.

Comecei solitariamente a juntar pedaços da nossa história, hoje, sei que posso contar com membros da família que estão espalhados por esse Brasil afora; sei que manterão vigília permanente, corrigindo-me ou informando-me de fatos dos quais não tive conhecimento.

Muito obrigada, João, que Deus ilumine a todos os nossos parentes a encontrarem o nosso Raízes. Nossos filhos, nossos netos e nossa posteridade saberão que a vida é constituída de momentos gloriosos e momentos de infortúnio, mas o importante são as pessoas que, ao lidarem com essas situações , souberam vencer.

Cada época aqui focalizada, cada lembrança dos nossos antepassados, não importa se foi áurea ou decadente, faz parte da nossa viagem neste TREM DA VIDA . O importante é juntar vidas que o tempo separou, é passear no "trem" e visitar cada vagão, reencontrando todos os que ainda estão nesta viagem maravilhosa: A VIDA.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O VELHO ENGENHO DE SERAFIN PIANCÓ!


Quando meu pai, Antônio Piancó, restaurou o Engenho Maniçobas quis conservar a memória dos que iniciaram, dentro daquelas serras, a construção de uma família cujo lema seria o trabalho honrado, nos deixando um legado que ainda hoje nos orgulha. Na foto, os tios: Raimundo e Miguel Piancó exibem, orgulhosamente, o velho motor que fez parte das suas vidas nos tempos em que o Patriarca Serafin Piancó, o pai deles e meu bisavô, era o Senhor daquelas terras.

19 - Flavio Jose - Engenho Velho

FELIZ COINCIDÊNCIA!



Recebi esta foto que me foi enviada pelo primo João, o filho de Tio Raimundo que reside em Paulo Afonso. Ele chamava a minha atenção para a dedicatória escrita no verso. Algo me dizia que eu já a conhecia, no entanto, ao voltar aos "guardados de tio Benzinho" eu encontrei a explicação para esta certeza de que já havia tido contato com essa foto e essa dedicatória.




A foto do meu bisavô, Serafin Piancó, o pai de Tio Raimundo, tem a mesma dedicatória e reconhecidamente a mesma letra. Certamente foi presente de Tio Raimundo para Tio Benzinho e ele o guardou, por anos a fio, com muito a amor.

Dedico esta postagem aos filhos de Tio Raimundo Piancó, netos de Serafin (meu bisavô), em agradecimento ao carinho do meu tio Raimundo por nos oportunizar tão importante resgate da memória das nossas origens.

SAUDOSA LEMBRANÇA!



Raimundo Piancó, em uma foto
tirada em 1970, em Paulo Afonso, no Bairro Mulungú.